Não está se falando em retroceder, diz Randolfe sobre benefícios sociais

Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores do Brasil • Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O Brasil escolheu ficar fora do bloco de países latino-americanos que deve pedir salvo-conduto aos opositores de Nicolás Maduro refugiados na embaixada argentina em Caracas.

O Itamaraty chegou a ser sondado para assinar um documento que deve ser proposto à Organização dos Estados Americanos (OEA) pelo governo de Javier Milei, mas declinou.

O texto deve insistir no pedido de salvo-conduto para que os seis políticos asilados desde março na representação diplomática da Argentina possam deixar o país sem ser presos.

O documento também deve condenar atos como corte de energia elétrica e água, cerco à representação diplomática e constrangimentos na chegada de comida por delivery, por exemplo.

CNN também apurou que, durante a cúpula do Mercosul, na semana passada, em Montevideo, houve um movimento parecido.

A Argentina encabeçou movimento para uma declaração conjunta de todos os membros do bloco econômico. Mas Bolívia e Brasil não se engajaram e o texto conjunto com todos não foi viabilizado.

Resistência do Brasil

De acordo com fontes ouvidas pela CNN, o Brasil não vai aderir a manifestações públicas como essas por questões pragmáticas. Apostam no trabalho de bastidor que vem sendo feito há meses pela diplomacia brasileira no sentido de tentar construir o salvo-conduto aos asilados.

Além disso, o Brasil segue como responsável pela inviolabilidade da embaixada Argentina na Venezuela, assim como a integridade física dos políticos que são do grupo de María Corina Machado, desde que o corpo diplomático argentino foi expulso por Maduro.

Existe ainda a preocupação com o rompimento de pontes de diálogo com a Venezuela, já que o Brasil é um dos poucos países da região a ainda ter relação mais amigável com o vizinho.

Créditos: CNN